Na luta contra o bullying, Projeto Orelhinha inicia
mutirões.
Na próxima segunda-feira, iniciativa acontece na cidade de Limeira.
As orelhas cumprem um curioso papel na estética da
face. Quando são abertas (orelhas em abano) causam deboches, apelidos e
humilhação, gerando um sentimento de insegurança para quem as possui e, sendo
uma das principais causas de bullying no Brasil. “As crianças são vítimas de
apelidos e brincadeiras cruéis, resultando num dano psicológico e gerando um
adulto introvertido e com traumas sociais, o que justifica a sua correção”, ressalta
o cirurgião plástico Marcelo Assis, diretor da Clínica Marcelo Assis Cirurgia
Plástica, com unidades em Campinas e Santa Bárbara d´Oeste. O Dr. Marcelo é o idealizador
do Projeto Orelhinha, sendo uma
iniciativa social, única em todo Brasil e que irá completar em maio, dois anos
de atividades, com a expectativa de atingir a marca de 1.000 cirurgias a baixo
custo.
Até o momento, o Projeto Orelhinha já realizou 800
cirurgias em pacientes, na sua maioria, da Região Metropolitana de Campinas, embora
também já tenha atendido pacientes de todo o Brasil. “Nesse mês de janeiro,
recebemos pacientes de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas, Rio Grande do Sul e
Paraná”, comenta Marcelo Assis, ressaltando que por conta dessa demanda, o
Projeto está dando início aos mutirões em cidades fora de Campinas. O objetivo
da iniciativa é atender os crescentes pedidos de otoplastia às crianças,
adolescente e adultos de baixa renda.
O 1º. Grande Mutirão do Projeto Orelhinha fora de
Campinas será realizado na cidade de Limeira e acontece na próxima
segunda-feira (dia 4), com início às 9h30, à Rua Arquiteta Sueli Fior Godoy, 530,
no Jardim Limeirânea, onde funciona o Clube dos Comerciários. “Há seis meses,
fizemos um mutirão piloto em Limeira, a convite do Sr. Moisés, presidente do
Sindicato da Guarda Municipal que atualmente ocupa o cargo de Diretor de
Segurança do município. Na ocasião, 17 crianças e adolescentes foram operados
após a iniciativa e por isso o presidente nos convidou novamente”, explica o
cirurgião.
Segundo o médico, em sua Clínica são atendidos muitos
pacientes da região de Limeira e por isso a cidade foi escolhida para o mutirão,
além de sua logística. O cirurgião afirma que estarão presentes no local, cerca
de 50 pacientes mais as famílias, que procuraram o Sindicato da Guarda
Municipal, ou seja, em torno de 150 pessoas. “Esses pacientes já passaram por
uma primeira triagem e foram encaminhados para os exames pré-operatórios. O mutirão
é para orientar as famílias sobre a cirurgia de otoplastia e confirmar se
realmente a pessoa quer operar. Serão avaliados ainda todos os exames
pré-operatórios”, explica Assis.
Marcelo conta que o projeto surgiu desde a época
de sua residência no Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro,
instituição militar de alta disciplina e elevado conceito de ensino. “As
orelhas de abano são mais perceptíveis nos meninos que não conseguem disfarçá-las
com o cabelo curto e que tentam escondê-las usando bonés ou cabelos compridos.
Na Marinha, os militares não usam esses recursos e por isso dei início às
otoplastias já no período da minha residência”, comenta o cirurgião, observando
que desde então a iniciativa se estendeu às crianças, adolescentes e adultos de
baixa renda e que há um ano se consolidou como Projeto Orelhinha.
A iniciativa visa a correção cirúrgica de orelhas
em abano em pessoas com família de baixa renda, onde é cobrado apenas o valor
de material e medicamentos usados para a cirurgia no valor de R$ 500,00 e a
clínica oferece a gratuidade da equipe médica do Dr. Marcelo Assis de R$
4.500,00, sendo que o valor de uma cirurgia particular de otoplastia na mesma
clínica é de R$ 5.000,00 “A cirurgia de correção da orelha em abano (otoplastia)
pode ser realizada a partir dos sete anos de idade, quando a cartilagem já está bem
formada. É uma cirurgia relativamente simples, que pode ser feita em nível
ambulatorial e o paciente pode voltar às atividades normais em torno de cinco
dias, com restrições de práticas de esportes com bola”, observa o médico.
Podem participar do Projeto Orelhinha, crianças a
partir dos 7 anos, adolescentes e adultos, que passam por avaliação médica com
o próprio Dr. Marcelo Assis. O corte da triagem é a aceitação da cirurgia pelo
interessado, pois em alguns casos, o pai ou a mãe acabam forçando seu filho a
operar, sendo que ainda não sofre bullying com as orelhas em abano. Somente são
operadas crianças que realmente desejam corrigir as orelhas, que na estatística
da clínca gira em torno de 95 %.
Atualmente a Clínica Marcelo Assis Cirurgia
Plástica centraliza todos os serviços relacionados à cirurgia plástica para
comodidade dos pacientes e oferece serviço de transporte, com retirada e
entrega do paciente em casa e, para pacientes de outros estados ou do exterior,
a Clínica disponibiliza motorista, reservas em hotéis e serviço de HomeCare até
a alta do paciente e está em constante atualização de equipamentos, principalmente
em seu Centro Cirúrgico Ambulatorial para proporcionar o máximo de conforto aos
pacientes. Os interessados em obter mais informações sobre o Projeto Orelhinha
podem entrar em contato pelo telefone: (19) 3201.3781 ou 3201.3782, pelo e-mail
: projetoorelhinha@marceloassis.com.br
ou na página do facebook www.facebook.com/projetoorelhinha.
Técnica de otoplastia
utilizada pelo médico Marcelo Assis.
Condrotomias em Ilhas
sem pontos.
Essa
técnica foi desenvolvida no Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro,
buscando associação das melhores técnicas de otoplastia. Segundo o médico,
inicialmente é feita a marcação do excesso de pele na região posterior da
orelha, com base nos pontos de projeção da cartilagem anti-hélix, situada na
parte superior da orelha.
É
realizada infiltração local na região posterior (com anestésico local) e início
de uma incisão única atrás da orelha. Retirado o excesso de pele da região
previamente marcada, inicia-se a condrotomia (dissecação das cartilagens) paralela
em ilhas, permitindo a modelagem da cartilagem anti-hélix, responsável pelo
posicionamento da parte superior da orelha na posição correta. “Não é
necessário nenhum tipo de ponto para modelagem”, observa o médico. Na sequência
é feito o tratamento do excesso da concha articular, a cartilagem do meio da
orelha, que joga a orelha para frente. É realizada a marcação prévia do excesso
e sua retirada num formato de meia lua. Essa manobra permite o correto
posicionamento da parte média da orelha. Para reposicionar a parte inferior,
realizam-se pequenas incisões na mola da cartilagem inferior, para tirar o
vício da cartilagem de jogar o lóbulo da orelha para frente.
Após
o tratamento das três partes da orelha, a pele é reposicionada e fechada com
pontos de nylon pela técnica de barra grega, que previne eventuais
sangramentos. Segundo Marcelo Assis, o curativo é essencial nessa técnica, pois
modela as cartilagens recém-formadas e ao mesmo tempo comprime todo o arcabouço
descolado para prevenir sangramentos.
O
paciente usa um capacete de atadura por quatro dias e é orientado a retirá-lo
após esse período. O especialista recomenda usar uma faixa bailarina durante a
noite por 15 dias e durante o dia não há necessidade de nenhum tipo de
curativo.
Segundo
o cirurgião, as vantagens da técnica são diversas: é um método rápido, levando
trinta e cinco minutos para finalizar a cirurgia, não necessita de pontos, que
poderia marcar a pele e dar um aspecto artificial, pois não existe gordura
entre a orelha e a pele. Como não existem pontos, a taxa de infecção e fibroses
é zero, além do rápido retorno às atividades escolares ou trabalho.
Dr. Marcelo Assis
É especialista
pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e membro da International
Confederation for Plastic, Reconstructive and Aesthetic Surgery (IPRAS). Sua
formação compreendeu a graduação em medicina, seguida de residência médica em
Cirurgia Geral no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na cidade do Rio de Janeiro;
além de residência em Cirurgia Plástica Estética e Reparadora no Hospital Naval
Marcílio Dias, também na cidade do Rio de Janeiro, instituição militar de alta
disciplina e elevado conceito de ensino.
Ao término dos
cursos de residência, o Dr. Marcelo Assis recebeu o prêmio de Honra ao Mérito
por ter sido o melhor residente do Hospital da Marinha. Sempre priorizando o
aprimoramento técnico, ingressou no Colégio Brasileiro de Cirurgiões, maior
entidade de cirurgiões da América Latina, também situado no Rio de Janeiro.
Participou como
médico observador nos serviços de cirurgia plástica da Universidade Federal do
Estado de São Paulo e da Clínica do Professor Ivo Pitanguy, este último com
duração de um ano. Além de sua atividade como médico, o Dr. Marcelo Assis atua
na área filantrópica como secretário geral do Rotary Clube Campinas Oeste,
sendo eleito presidente para a gestão 2013/2014. Recentemente, o Dr. Marcelo
Assis recebeu o título Paul Harris, do Rotary International, por doação a Bill
e Melinda Gates Foundation, na luta contra a erradicação da poliomielite no
mundo. Dr. Marcelo Assis é ainda o idealizador do Projeto Orelhinha, um
trabalho filantrópico, único no Brasil, que visa à correção de corelhas em
abano em crianças com família de baixa renda.
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