quinta-feira, 31 de janeiro de 2013


Na luta contra o bullying, Projeto Orelhinha inicia mutirões.

Na próxima segunda-feira, iniciativa acontece na cidade de Limeira.



As orelhas cumprem um curioso papel na estética da face. Quando são abertas (orelhas em abano) causam deboches, apelidos e humilhação, gerando um sentimento de insegurança para quem as possui e, sendo uma das principais causas de bullying no Brasil. “As crianças são vítimas de apelidos e brincadeiras cruéis, resultando num dano psicológico e gerando um adulto introvertido e com traumas sociais, o que justifica a sua correção”, ressalta o cirurgião plástico Marcelo Assis, diretor da Clínica Marcelo Assis Cirurgia Plástica, com unidades em Campinas e Santa Bárbara d´Oeste. O Dr. Marcelo é o idealizador do Projeto Orelhinha, sendo uma iniciativa social, única em todo Brasil e que irá completar em maio, dois anos de atividades, com a expectativa de atingir a marca de 1.000 cirurgias a baixo custo.

Até o momento, o Projeto Orelhinha já realizou 800 cirurgias em pacientes, na sua maioria, da Região Metropolitana de Campinas, embora também já tenha atendido pacientes de todo o Brasil. “Nesse mês de janeiro, recebemos pacientes de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas, Rio Grande do Sul e Paraná”, comenta Marcelo Assis, ressaltando que por conta dessa demanda, o Projeto está dando início aos mutirões em cidades fora de Campinas. O objetivo da iniciativa é atender os crescentes pedidos de otoplastia às crianças, adolescente e adultos de baixa renda.

O 1º. Grande Mutirão do Projeto Orelhinha fora de Campinas será realizado na cidade de Limeira e acontece na próxima segunda-feira (dia 4), com início às 9h30, à Rua Arquiteta Sueli Fior Godoy, 530, no Jardim Limeirânea, onde funciona o Clube dos Comerciários. “Há seis meses, fizemos um mutirão piloto em Limeira, a convite do Sr. Moisés, presidente do Sindicato da Guarda Municipal que atualmente ocupa o cargo de Diretor de Segurança do município. Na ocasião, 17 crianças e adolescentes foram operados após a iniciativa e por isso o presidente nos convidou novamente”, explica o cirurgião.

Segundo o médico, em sua Clínica são atendidos muitos pacientes da região de Limeira e por isso a cidade foi escolhida para o mutirão, além de sua logística. O cirurgião afirma que estarão presentes no local, cerca de 50 pacientes mais as famílias, que procuraram o Sindicato da Guarda Municipal, ou seja, em torno de 150 pessoas. “Esses pacientes já passaram por uma primeira triagem e foram encaminhados para os exames pré-operatórios. O mutirão é para orientar as famílias sobre a cirurgia de otoplastia e confirmar se realmente a pessoa quer operar. Serão avaliados ainda todos os exames pré-operatórios”, explica Assis.

Marcelo conta que o projeto surgiu desde a época de sua residência no Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro, instituição militar de alta disciplina e elevado conceito de ensino. “As orelhas de abano são mais perceptíveis nos meninos que não conseguem disfarçá-las com o cabelo curto e que tentam escondê-las usando bonés ou cabelos compridos. Na Marinha, os militares não usam esses recursos e por isso dei início às otoplastias já no período da minha residência”, comenta o cirurgião, observando que desde então a iniciativa se estendeu às crianças, adolescentes e adultos de baixa renda e que há um ano se consolidou como Projeto Orelhinha. 

A iniciativa visa a correção cirúrgica de orelhas em abano em pessoas com família de baixa renda, onde é cobrado apenas o valor de material e medicamentos usados para a cirurgia no valor de R$ 500,00 e a clínica oferece a gratuidade da equipe médica do Dr. Marcelo Assis de R$ 4.500,00, sendo que o valor de uma cirurgia particular de otoplastia na mesma clínica é de R$ 5.000,00 “A cirurgia de correção da orelha em abano (otoplastia) pode ser realizada a partir dos sete  anos de idade, quando a cartilagem já está bem formada. É uma cirurgia relativamente simples, que pode ser feita em nível ambulatorial e o paciente pode voltar às atividades normais em torno de cinco dias, com restrições de práticas de esportes com bola”, observa o médico.

Podem participar do Projeto Orelhinha, crianças a partir dos 7 anos, adolescentes e adultos, que passam por avaliação médica com o próprio Dr. Marcelo Assis. O corte da triagem é a aceitação da cirurgia pelo interessado, pois em alguns casos, o pai ou a mãe acabam forçando seu filho a operar, sendo que ainda não sofre bullying com as orelhas em abano. Somente são operadas crianças que realmente desejam corrigir as orelhas, que na estatística da clínca gira em torno de 95 %.   

Atualmente a Clínica Marcelo Assis Cirurgia Plástica centraliza todos os serviços relacionados à cirurgia plástica para comodidade dos pacientes e oferece serviço de transporte, com retirada e entrega do paciente em casa e, para pacientes de outros estados ou do exterior, a Clínica disponibiliza motorista, reservas em hotéis e serviço de HomeCare até a alta do paciente e está em constante atualização de equipamentos, principalmente em seu Centro Cirúrgico Ambulatorial para proporcionar o máximo de conforto aos pacientes. Os interessados em obter mais informações sobre o Projeto Orelhinha podem entrar em contato pelo telefone: (19) 3201.3781 ou 3201.3782, pelo e-mail : projetoorelhinha@marceloassis.com.br ou na página do facebook www.facebook.com/projetoorelhinha.



Técnica de otoplastia utilizada pelo médico Marcelo Assis.
Condrotomias em Ilhas sem pontos.

Essa técnica foi desenvolvida no Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro, buscando associação das melhores técnicas de otoplastia. Segundo o médico, inicialmente é feita a marcação do excesso de pele na região posterior da orelha, com base nos pontos de projeção da cartilagem anti-hélix, situada na parte superior da orelha.

É realizada infiltração local na região posterior (com anestésico local) e início de uma incisão única atrás da orelha. Retirado o excesso de pele da região previamente marcada, inicia-se a condrotomia (dissecação das cartilagens) paralela em ilhas, permitindo a modelagem da cartilagem anti-hélix, responsável pelo posicionamento da parte superior da orelha na posição correta. “Não é necessário nenhum tipo de ponto para modelagem”, observa o médico. Na sequência é feito o tratamento do excesso da concha articular, a cartilagem do meio da orelha, que joga a orelha para frente. É realizada a marcação prévia do excesso e sua retirada num formato de meia lua. Essa manobra permite o correto posicionamento da parte média da orelha. Para reposicionar a parte inferior, realizam-se pequenas incisões na mola da cartilagem inferior, para tirar o vício da cartilagem de jogar o lóbulo da orelha para frente.

Após o tratamento das três partes da orelha, a pele é reposicionada e fechada com pontos de nylon pela técnica de barra grega, que previne eventuais sangramentos. Segundo Marcelo Assis, o curativo é essencial nessa técnica, pois modela as cartilagens recém-formadas e ao mesmo tempo comprime todo o arcabouço descolado para prevenir sangramentos.

O paciente usa um capacete de atadura por quatro dias e é orientado a retirá-lo após esse período. O especialista recomenda usar uma faixa bailarina durante a noite por 15 dias e durante o dia não há necessidade de nenhum tipo de curativo.

Segundo o cirurgião, as vantagens da técnica são diversas: é um método rápido, levando trinta e cinco minutos para finalizar a cirurgia, não necessita de pontos, que poderia marcar a pele e dar um aspecto artificial, pois não existe gordura entre a orelha e a pele. Como não existem pontos, a taxa de infecção e fibroses é zero, além do rápido retorno às atividades escolares ou trabalho.

  
Dr. Marcelo Assis




É especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e membro da International Confederation for Plastic, Reconstructive and Aesthetic Surgery (IPRAS). Sua formação compreendeu a graduação em medicina, seguida de residência médica em Cirurgia Geral no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na cidade do Rio de Janeiro; além de residência em Cirurgia Plástica Estética e Reparadora no Hospital Naval Marcílio Dias, também na cidade do Rio de Janeiro, instituição militar de alta disciplina e elevado conceito de ensino.

Ao término dos cursos de residência, o Dr. Marcelo Assis recebeu o prêmio de Honra ao Mérito por ter sido o melhor residente do Hospital da Marinha. Sempre priorizando o aprimoramento técnico, ingressou no Colégio Brasileiro de Cirurgiões, maior entidade de cirurgiões da América Latina, também situado no Rio de Janeiro.

Participou como médico observador nos serviços de cirurgia plástica da Universidade Federal do Estado de São Paulo e da Clínica do Professor Ivo Pitanguy, este último com duração de um ano. Além de sua atividade como médico, o Dr. Marcelo Assis atua na área filantrópica como secretário geral do Rotary Clube Campinas Oeste, sendo eleito presidente para a gestão 2013/2014. Recentemente, o Dr. Marcelo Assis recebeu o título Paul Harris, do Rotary International, por doação a Bill e Melinda Gates Foundation, na luta contra a erradicação da poliomielite no mundo. Dr. Marcelo Assis é ainda o idealizador do Projeto Orelhinha, um trabalho filantrópico, único no Brasil, que visa à correção de corelhas em abano em crianças com família de baixa renda.


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